Elisa reprograma subsídio de ônibus e analisa dobrar o valor para 2023

Para tentar viabilizar avanço na negociação salarial com os motoristas de ônibus e colocar fim à greve no transporte coletivo, Prefeitura reprograma para o início de outubro a antecipação das parcelas restantes do subsídio para as concessionárias e já prevê a continuidade do subsídio no orçamento de 2023.

De acordo com a prefeita Elisa Araújo (Solidariedade), o adiantamento das parcelas restantes do subsídio este ano já estava acertado e a istração só recuou porque as empresas posicionaram que a verba não seria suficiente para apresentar uma proposta salarial aos motoristas.

No entanto, em nova reunião esta semana, Elisa relatou que as concessionárias agora manifestaram que o adiantamento do recurso ajudaria a resolver o ime nas negociações com a categoria. Com isso, a chefe do Executivo informa que nova data foi programada no início de outubro para o pagamento de uma vez de R$1,5 milhão, referentes às parcelas de outubro, novembro e dezembro.

Em paralelo, a chefe do Executivo lembra que Uberaba deverá receber até o fim deste ano R$4,4 milhões de auxílio federal para as empresas de transporte coletivo. O montante é destinado para o custeio da gratuidade a pessoas a partir de 65 anos, com o objetivo de reequilibrar os contratos de concessão.

Além disso, a prefeita adiantou que já está em análise a manutenção do subsídio para as empresas em 2023. A proposta seria a inclusão de R$12 milhões no orçamento do ano que vem, o que corresponderia a um aporte de R$1 milhão/mês. O valor seria o dobro do que foi pago este ano. “Estamos fazendo uma ginástica danada para inserir na LOA esse subsídio [...] Vamos estudar alternativas para reduzir o risco de possíveis greves e instabilidade para o usuário do transporte público. Estamos buscando uma solução”, disse.

Apesar das medidas para socorro às empresas, não há garantia desta vez de manter a tarifa no mesmo preço no próximo ano. Questionada, a prefeita declarou que o aumento da agem de ônibus em 2023 não está descartado. “Em decorrência da crise econômica, a gente vem segurando que não fosse feito reajuste. Há possibilidade de acontecer, nós estamos estudando.

Não posso garantir que vai ou que não vai”, disse.