TRISTE NOTÍCIA

Volume de internações na pediatria cresce 90% no Hospital de Clínicas em maio

O aumento é um comparativo do mesmo período do ano ado

Dandara Aveiro
Publicado em 26/05/2025 às 21:38Atualizado em 27/05/2025 às 12:32
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Dados registrados pelo Hospital de Clínicas, da UFTM. (Tabela/HC-UFTM)

Dados registrados pelo Hospital de Clínicas, da UFTM. (Tabela/HC-UFTM)

O Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), em Uberaba, também registrou crescimento expressivo no número de internações de crianças com síndromes respiratórias neste mês de maio. Até o dia 23, já foram contabilizadas 38 internações de pacientes com até 12 anos, superando todos os meses anteriores e até mesmo os dados de 2024 para o mesmo período.

Registros encaminhados ao Jornal da Manhã dão conta de que, antes mesmo do mês de maio acabar, já houve crescimento de 90% no número de casos em 2025, se comparado ao mesmo mês do ano anterior, que fechou com 20 internações. Em abril deste ano, 29 internações já haviam sido contabilizadas, sinalizando tendência de aumento na quantidade de casos com a chegada do outono, época que favorece a circulação de vírus respiratórios.

Em comparação geral, entre janeiro e abril de 2024, o HC-UFTM teve 60 internações pediátricas por síndromes respiratórias, enquanto que no mesmo intervalo de 2025 foram 44, havendo uma queda de aproximadamente 26%. A redução nas internações ao longo dos primeiros quatro meses deste ano indicava tendência de queda com relação ao mesmo período do ano anterior. Porém, em maio, o número de internações, 38 até o momento, já concentra o maior volume registrado em um único mês desde o início do ano.

O Pronto Socorro Infantil (PSI) conta tradicionalmente com seis leitos reservados para casos de vírus respiratórios. A procura, no entanto, tem sido maior, tanto em volume quanto em complexidade, segundo a chefe da Unidade da Criança e do Adolescente do hospital, Giselle Vieira de Souza.    

O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é apontado como o principal responsável pelas internações pediátricas no período, seguido pela Influenza A. A pneumologista pediátrica Juliana Cristina Castanheira Guarato explica que o outono é marcado por maior circulação desses vírus respiratórios, que pode provocar gripes, resfriados, crises de asma, bronquiolite, laringite e pneumonias.

“Neste período de sazonalidade, temos intensa circulação de vírus. O maior destaque entre as crianças é o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), mas, em todo o Brasil, muitos casos de Influenza A também estão sendo diagnosticados. Esse aspecto justifica a sobrecarga dos serviços de emergência”, revela a especialista.  

Além da imunização, medidas simples de prevenção são fundamentais. A médica orienta que os pais fiquem atentos aos sinais de agravamento, como tosse persistente, febre alta prolongada, dificuldade para respirar, prostração e recusa alimentar. Ela também reforça a importância de manter o calendário vacinal atualizado, além de hábitos como higienização das mãos e evitar o contato com pessoas que apresentem sintomas.

Com a previsão de temperaturas mais baixas nas próximas semanas, profissionais de saúde permanecem em alerta, reforçando o papel da informação, da prevenção e da vacinação como pilares para evitar complicações e reduzir as internações por síndromes respiratórias. 

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