POLÍTICA

Em votação dividida, vereadores reajustam os próprios salários em 10,6%

Gisele Barcelos
Publicado em 07/02/2022 às 21:57Atualizado em 19/12/2022 às 00:06
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Reajuste de 10,16% no salário dos vereadores dividiu opiniões nesta segunda-feira (7) no plenário da Câmara Municipal. Houve vários protestos contra a correção inflacionária, garantindo uma votação apertada do projeto. A aprovação foi confirmada por meio de voto de desempate do presidente da Casa, Ismar Marão (PSD).

Com o voto de Ismar, o resultado final teve 11 votos favoráveis ao reajuste nos vencimentos e 10 votos contrários. Os integrantes do bloco Independência foram todos contrários à proposta (Alessandra Piagem, Diego Fabiano de Oliveira, Caio Godoi, Celso Neto, Elias Divino, Rochelle Gutierrez e Varciel Borges), junto com os parlamentares Denise Max, Túlio Micheli e Wander Araújo.

Segundo a justificativa do projeto, a correção inflacionária de 10,16% é referente à variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) entre janeiro e dezembro de 2021. O percentual representa o acréscimo de R$ 1.268,23 no salário de cada vereador, que a de R$ 12.482,60 para R$ 13.750,83. Considerando o número atual de 21 cadeiras na Câmara Municipal, o impacto na folha mensal é de R$ 26.632,83.

Os vereadores que votaram a favor da aplicação do índice posicionaram em plenário que a medida não se tratava de um aumento, mas apenas de uma atualização inflacionária prevista em lei. Além disso, houve várias manifestações que a diferença mensal de R$ 1.200 seria revertida em forma de doações para instituições sociais da cidade.

Já os vereadores contrários ao projeto argumentaram que a renda do brasileiro diminuiu por causa da crise econômica gerada pela pandemia de Covid-19 e o momento não seria ideal para fazer a correção no salário dos parlamentares.

Primeiro a se declarar contra o reajuste, o vereador Caio Godoi (Solidariedade) argumentou que os parlamentares têm uma remuneração muito acima do trabalhador comum. “A gente já ganha mais de 10 vezes o salário mínimo”, alegou.

Em contrapartida, os favoráveis à aplicação do índice manifestaram que o regimento interno da Câmara Municipal permite que o vereador defina o valor do salário que deseja receber e os parlamentares contrários poderiam solicitar para uma remuneração menor. 

VOTARAM CONTRA O REAJUSTE SALARIAL PARA OS VEREADORES:

Alessandra Piagem (Podemos)

Diego Fabiano (PP)

Caio Godoi (Solidariedade)

Celso Neto (PP)

Denise Max (Patriota)

Elias Divino (Podemos)

Rochelle Gutierrez (PP)

Tulio Micheli (PSL)

Varciel Borges (PP)

Wander Araújo (PSC) 

Confira como foi a votação do projeto de lei:

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