(Foto/Divulgação)
Uma cadela que ou por traqueostomia recentemente continua internada no Hospital Veterinário da Uniube (HVU), aguardando novo procedimento cirúrgico. De acordo com as protetoras responsáveis pelo animal, o procedimento ainda não foi realizado devido à demora na autorização pelo convênio da Prefeitura. Recentemente, outro cachorro em estado grave, resgatado com problemas de mobilidade e ferimentos, também está sendo atendido no hospital. A instituição informou que ambos seguem sob cuidados e que os procedimentos necessários aguardam autorização municipal.
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Uma das protetoras que acompanha o caso relatou que, embora o hospital esteja oferecendo toda a assistência possível, a liberação das autorizações para os animais atendidos pelo convênio da Prefeitura tem demorado consideravelmente. “A Rhana está lá desde segunda. O caso dela é grave, ela precisa urgentemente fazer outro tipo de cirurgia, mas ainda aguardam uma especialista para discutir o caso. Os procedimentos estão sendo aprovados, mas de forma muito lenta. Então, ela segue apenas com medicação. E agora vai ar mais um final de semana internada, sem direito a visita, porque só quem interna no particular pode visitar”, relata.
Paralelamente à situação de Rhana, outro animal em estado grave deu entrada na unidade, possivelmente após atropelamento. Marcelinho, um cachorro resgatado sem movimentação nas patas traseiras e com sangramento no órgão genital, também está sob cuidados no HVU. “Foi liberado, até o momento, somente o exame de sangue. Ele está com anemia e possível doença do carrapato. Os outros exames não foram autorizados e o pênis dele piorou, está ainda mais necrosado. Eu não estou julgando ninguém, mas o que estou notando é descaso. O bichinho não fala, não consegue se manifestar e nós, protetores, não estamos mais dando conta. Não sei mais o que fazer”, desabafa.
O JM entrou em contato com o Hospital Veterinário da Uniube para entender a situação atual dos animais. Foi informado que Rhana está clinicamente estável e que exames laboratoriais e de imagem já foram autorizados, os quais indicaram estabilidade, apesar de a cadela apresentar alterações nas vias aéreas superiores e inferiores, o que caracteriza um quadro grave. A instituição afirmou ainda que uma atualização do estado de saúde seria reada às tutoras ainda nesta sexta-feira (6).
Em relação ao outro cachorro, o hospital esclareceu que ele está sendo assistido pela equipe médica. Já foram feitas análises sanguíneas e os profissionais aguardam a autorização para realizar exames de imagem. O HVU não descarta a possibilidade de cirurgia e, nesse caso, o hospital irá acionar a Prefeitura para obter a liberação do procedimento.
O hospital ressaltou, em nota, que os atendimentos pelo convênio municipal ocorrem somente mediante autorização prévia da Prefeitura, em um processo conduzido internamente pela rede pública. Com a autorização, o animal é itido no hospital, a por triagem e avaliação, e “o veterinário responsável identifica os procedimentos necessários e encaminha para a aprovação do Governo Municipal, e então é feita a análise de autorização para a execução”.
O HVU também destacou que, até o momento, não houve negativa formal por parte da Prefeitura quanto aos procedimentos solicitados. No entanto, até o fechamento desta matéria, os animais seguem aguardando a liberação das autorizações necessárias, enquanto os responsáveis acompanham com preocupação o andamento do processo.
O que disse a Superintendência?
A reportagem acionou a Superintendência de Bem-Estar Animal. A Prefeitura de Uberaba informou, em nota, que "ambos os animais citados estão internados e assistidos, sendo o tratamento acompanhado pelo Hospital Veterinário de Uberaba (HVU) e pela Superintendência de Bem-Estar Animal. Esclarece que o convênio com o HVU é uma iniciativa pioneira no estado e funciona dentro de critérios técnicos e contratuais, com número limitado de leitos e tipos de procedimentos. Por esse motivo, o atendimento segue uma ordem de prioridade, sendo destinado primeiramente a animais errantes – sem tutores ou protetores. Em seguida, são atendidos animais de pessoas inscritas no CadÚnico, ONGs e, por último, animais com tutores ou protetores independentes. Além disso, a Prefeitura atua em outra frente, por meio da Superintendência de Bem-Estar Animal, com a Unidade de Atendimento Pet (UnaPet), que oferece e clínico a pequenos animais, com foco em casos como doenças, desidratação e controle de parasitas", finaliza.