No período da tarde, o fluxo de pacientes no ambulatório Milton Toubes era praticamente inexistente, sem qualquer intercorrência. Foto/Jairo Chagas
Anunciado na última semana, o dia de paralisação no Hospital da Criança foi tranquilo e sem intercorrências. De acordo com a diretora da instituição, Ana Paula Bosi, a Secretaria de Saúde apresentou propostas, mas ainda serão analisadas pelo Conselho da instituição. Mesmo com resistência de grupo formado por ativistas, conselheiros e profissionais da área da Saúde, o ato ocorreu nessa quarta-feira.
Em comunicado divulgado nas redes sociais, o Hospital da Criança informou que o objetivo da ação era de obter melhorias em relação à segurança do Hospital da Criança e dos prestadores de serviços.
No comunicado, o hospital cita quatro problemas enfrentados: desvalorização do serviço prestado; falta de respeito e agressividade da população; funcionários amedrontados e desmotivados; pessoas usando o Hospital para incitar o ódio.
Para auxiliar nos atendimentos, a Prefeitura de Uberaba montou tendas na rua Lauro Borges para receber a demanda de pacientes do Hospital da Criança. O atendimento no Ambulatório Milton Toubes ficou exclusivamente dedicado à pediatria e, somente durante a manhã, 35 crianças haviam dado entrada no local.
De acordo com o secretário municipal de Saúde, Sétimo Bóscolo, atendimento foi realizado até as 22h, com o apoio de médicos da rede municipal. Segundo Sétimo, ao longo do dia atuaram entre 10 e 12 profissionais da pediatria, em escala de revezamento. Além disso, uma base da Guarda Civil Municipal foi montada nas proximidades do hospital para garantir a segurança do trabalho dos colaboradores.
Ana Paula Bosi comenta que o dia foi tranquilo. Ela ainda adianta que o Governo Municipal apresentou propostas, mas ainda serão adas ao Conselho do Hospital. “Chegou a propor algumas coisas. Mas tenho que ar pelo Conselho. Eu espero que o que foi feito hoje continue. Um apoio, uma consciência da emergência da saúde pediátrica. Isso tem que ser constantemente. Que a população saiba respeitar o serviço que está usando”, complementa.