Máscaras garantem proteção de até 80% contra o coronavírus (Reprodução)
Máscaras garantem proteção de até 80% contra o coronavírus (Reprodução)
Com as recorrentes mudanças climáticas em Uberaba e o aumento expressivo no número de casos da Covid-19, a Vigilância Epidemiológica realiza boletim técnico com os principais pontos de proliferação de vírus na cidade. Entre os bairros com maior ocorrência de casos de coronavírus e dengue, por exemplo, estão Abadia e Boa Vista, os dois mais populosos do Município.
Em entrevista ao programa O Pingo do J, da Rádio JM, a chefe do departamento de Vigilância Epidemiológica, Larissa Bandeira, explica que o “mapa de calor” possibilita direcionar esforços para locais com o maior número de infecções. “Nós temos testagem em pontos estratégicos da cidade. Nós temos um boletim técnico quinzenalmente como cenário epidemiológico do Município e dentro desse boletim nós estamos inserindo o mapa de calor que mostra os pontos de maior incidência, direcionando a testagem ampliada e realizando o chamamento da população para que voltem a ter sensibilidade com as doenças” elucida.
Após quase 40 dias sem óbitos por Covid-19, Uberaba registrou quatro mortes na última semana pela doença. Além disso, em duas semanas, o número de internados em UTI pelo coronavírus subiu 466%. Já o número de leitos de enfermaria ocupados teve aumento de 644%.
Ainda na reta final de novembro, apenas 3% dos leitos de UTI disponíveis no Município e 9% dos leitos de enfermaria estão ocupados por pacientes positivos para a doença. Atualmente, o número de internados na UTI subiu para 14% de ocupação e de pacientes na enfermaria chega a 58% da ocupação disponível para a doença.
Apesar da preocupação com a Covid, a enfermeira ainda chama atenção para a dengue, que também é recorrente nos bairros. Em novembro, foram notificados 75 casos suspeitos pela doença e cinco foram confirmados. "Estamos trabalhando muito bem articulados junto com o Departamento de Controle de Zoonoses e Endemias. A medida que faz o bloqueio tem que ter uma comunicação direta com a vigilância epidemiológica para inserir no sistema. No acolhimento, na notificação desse paciente, a gente faz um monitoramento e continua seguindo e trabalhando também os contato, porque ali, onde o paciente teve, a região também pode ter”, explica.
Durante o ano de 2022, foi registrado um óbito de dengue e há, ainda, um outro em investigação. Questionada sobre a demora no resultado das mortes por dengue, Bandeira explica que os testes são enviados para o Estado e tem um prazo de até 10 dias para ter o resultado.