POLÍTICA

Por 61 votos a 20, Senado cassa o mandato de Dilma Rousseff

Pela segunda vez após a redemocratização do país um presidente não conclui o mandato em virtude de processo de impeachment

Marconi Lima
Publicado em 01/09/2016 às 07:27Atualizado em 16/12/2022 às 17:30
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Andressa Anholete/AFP

Senado Federal no momento em que foi divulgado o resultado da votação final do processo que aprovou o impeachment de Dilma Rousseff

 

Por 61 votos a 20, o plenário do Senado decidiu pelo impeachment de Dilma Rousseff. Não houve abstenção. O resultado foi comemorado com aplausos por aliados do presidente interino Michel Temer, que cantaram o Hino Nacional. O resultado foi proclamado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que comandou o julgamento do processo no Senado.

Fernando Collor, primeiro presidente eleito por voto direto após a ditadura militar, foi o primeiro chefe de governo brasileiro afastado do poder em um processo de impeachment, em 1992. Com Dilma Rousseff, é a segunda vez que um presidente perde o mandato no mesmo tipo de processo.

A fase final de julgamento começou na quinta-feira (25) da semana ada e se arrastou até ontem, com a manifestação da própria representada na segunda-feira (29), além da fala de senadores, testemunhas e dos advogados das duas partes. No último dia, o ministro Ricardo Lewandowski leu um relatório resumido elencando provas e os principais argumentos apresentados ao longo do processo pela acusação e defesa. Quatro senadores escolhidos por cada um dos lados – Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), pela defesa, e Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Ana Amélia (PP-RS), pela acusação – encaminharam a votação, que ocorreu de forma nominal, em eletrônico.

O processo de impeachment começou a tramitar no início de dezembro de 2015, quando o então presidente da Câmara dos Deputados e um dos maiores adversários políticos de Dilma, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou a peça apresentada pelos advogados Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo. No pedido, os três autores acusaram Dilma de ter cometido crime de responsabilidade fiscal e elencaram fatos de anos anteriores, mas o processo teve andamento apenas com as denúncias relativas a 2015.

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