O primeiro a falar será o delator Mauro Cid; em seguida, os outros sete réus por ordem alfabética - o ex-presidente Jair Bolsonaro será o sexto a depor
Jair Bolsonaro deve voltar como réu à Primeira Turma do STF, onde compareceu no recebimento de denúncia contra ele (Foto: Antonio Augusto/STF)
BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) entrará, a partir desta segunda-feira (9), na fase de interrogatório dos réus da suposta trama de golpe de Estado. Serão ouvidos os integrantes do chamado “núcleo crucial”, composto pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete nomes que integraram seu governo.
O primeiro a ser ouvido será o tenente-coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro. O militar foi o delator do esquema, que contou, ainda com a obtenção de provas pela Polícia Federal (PGR) e denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), com detalhes da suposta trama.
Em seguida, os depoimentos acontecerão por ordem alfabética, na seguinte ordem:
Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin)
Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal
Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa
Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil e candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022
Bolsonaro foi apontado pela PGR como líder da organização criminosa que planejou sua permanência no poder, com o impedimento da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu as eleições em 2022.
Os réus foram apontados pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, envolvimento em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas podem chegar a 43 anos de prisão.
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