O uberabense gasta mais água durante o período de poucas chuvas do que a média anual de consumo. É o que apontam os dados da Codau, divulgados pelo presidente José Waldir de Sousa Filho nesta sexta-feira (26), durante o JM News 1ª Edição. Segundo José Waldir, o aumento no gasto chega a até 20%, intensificado, principalmente, nos dias de sábado.
Neste final de semana, a Codau começa a operação de fechamento dos Centros de Reservação durante a madrugada, das 23h às 4h, em resposta à queda no abastecimento de água e ao baixo índice de chuvas. A ação, por enquanto, está restrita às madrugadas de sábado e domingo, devido ao aumento significativo do consumo registrado pelas equipes da Companhia.
Questionado, o presidente da Codau informou que o gasto de água já é elevado em cerca de 20%, normalmente, durante o período de seca, mas no sábado de manhã, quando ocorrerá a limitação da distribuição, a situação é ainda mais crítica.
“No sábado de manhã é quando temos o maior consumo. Nesse período de seca, ultraa os 20% o aumento de consumo, e na parte da manhã do sábado o caso é ainda mais crítico. Por isso, temos essa operação como salvaguarda para ter os reservatórios cheios na manhã de sábado, para que a população tenha a água distribuída de forma regularizada, sem interrupções”, declara José Waldir.
Na avaliação do chefe da autarquia, o acúmulo de folhagem e poeira faz com que os moradores intensifiquem a higienização de carros e calçadas. Como resultado, a Codau registra os maiores números de litros de água gastos na cidade. “No sábado as pessoas têm costume de lavar os carros, as roupas, as calçadas. E na estiagem o que observamos é que o período seco tem maior [quantidade de] poeira, tem queimadas, e tem-se o hábito de lavar quintal”, argumenta.
Ações mais incisivas, como o fechamento de reservatórios durante a semana e o período diurno, não estão descartadas, e serão aplicadas caso o cenário piore nas próximas semanas. “Pode ser que, com o agravamento da seca, período de estiagem se prolongando, façamos a extensão das manobras, do planejamento, para durante a semana. E somente após isso faremos os fechamentos diurnos”, diz o presidente.
Outra situação apresentada foi a do racionamento total da água. Ou seja, bloqueios na distribuição por mais de 24 horas. A situação, porém, é distante da realidade, já que nunca foi necessária uma operação tão drástica. “A gente não descarta nenhuma hipótese, mas não vivenciamos isso nem no ano ado, com a crise hídrica”, declara José Waldir.