Batidas leves, abalroamentos e outros incidentes não resultam em investigação (Foto: Reprodução)
Apesar de muito alardeados, grande parte dos acidentes de trânsito não é investigada pela Polícia Civil e já são considerados irrelevantes sob a ótica criminal.
Por outro lado, todo registro que tenha vítima fatal é minuciosamente examinado. O delegado Felipe Colombari, delegado-chefe do 5º Departamento, falou sobre esses diferentes tipos de casos e tirou dúvidas dos ouvintes durante entrevista na Rádio JM, na terça-feira (3).
“O que é automático e que se instaura inquérito policial é quando tem vítima fatal. Então, por exemplo, aconteceu uma tragédia lá na cidade de Conquista, em que pese ter um veículo só envolvido, não saber se o motorista foi responsável ou não, se teve imprudência, negligência, imperícia, a gente instaura inquérito policial de ofício. A gente vai apurar as causas do acidente de trânsito que levou à morte”, detalha.
Por outro lado, Colombari lembra que batidas leves, abalroamentos e outros incidentes não resultam em investigação.
“O acidente que não tem vítima, com danos físicos, ele é um ilícito cível e não entra na parte criminal. A não ser que a pessoa esteja sem habilitação, dirigindo de forma perigosa. A lesão corporal depende da representação, é um dos crimes que é condicionado”, posiciona.
O delegado negou que os acidentes menos danosos tenham se tornado algo banal. “Não é que consideramos uma coisa banal, é um ilícito que não interessa para a questão criminal. São coisas que acontecem no dia a dia. Quanto mais movimentada uma cidade, mais veículo tem e, por mais organizada que seja, ela vai ter essas coisas”, finaliza.