Estamos em um momento difícil da nossa história, andamos de um lado a outro querendo apenas fazer política, a partir de um fato terrível que está acontecendo com pensionistas e aposentados do INSS. Aliás, não estamos fazendo política, e sim politicagem rasteira, vil, hipócrita, usando a boa-fé dos lesados para clicks e votos. Uma lástima.
O Brasil carece de gestão efetiva e eficiente desde 1500, em todos os níveis. O maior problema com nossa carga tributária nem de longe é o percentual — absurdo, sem sombra de dúvidas —, mas agravado, na sequência, pelo péssimo serviço prestado no retorno. E aí o cidadão tem que arcar com saúde, educação, segurança — tudo privado, pois o público carece de mínimas condições. O exemplo é clássico: qual eleito e/ou nomeado para cargo público tem filho matriculado em escola pública, usa o SUS e tem casa sem muro alto e alarme, para ficar no mínimo?
E, ainda, quando ocorre um desvio monstruoso como este, o que menos importa é punir exemplarmente quem desviou, mas acusar um ao outro — direita, esquerda; esquerda, direita; ambos ao centro e vice-versa — para causar rebuliço e nada resolver. O País das Maravilhas não escolhe, há muito tempo, o melhor para gerir seu futuro, mas o menos pior... e isso serve para todos.
Em recente pensata, um grande amigo, Luis Borges, comparava a gestão de um banco — no caso, o Itaú — com o ocorrido com a Previdência, e, usando dados de balanço, mostrava a diferença de resultados, planejamento e definia: gestão é o que todos precisam, notadamente nossa estrutura de Executivo, Legislativo e Judiciário. Vale a leitura, recomendo. Pobre País das Maravilhas, tão rico e, ao mesmo tempo, tão explorado.
No momento em que Leão XIV entra em cena e nos despedimos de Francisco, resta claro que temos muito a caminhar em busca do efetivo mundo cristão.
No momento em que perdemos Mujica, que dizia “não devemos ser nem de esquerda nem de direita, mas latino-americanos”, e ambos saem de cena sendo acusados de comunistas... pior: por gente que não sabe do que está falando. Infeliz de quem está no País das Maravilhas.
Temos mais é que dar espaço para bebês reborn... e talvez entender este vazio e esta fuga. E olha que ainda estamos livres, em toda a extensão da palavra — ou não?
Confesso que não sei para onde caminha a humanidade: suas guerras, seus líderes de faz de conta..., mas o País das Maravilhas? Nem o Corinthians salva mais.
Tristes estas conclusões, mas reais.
É, Alice..., estão roubando o seu e os nossos sonhos!